Dá
um tempo que eu reviro,
Hoje
estou pelo avesso.
Se
é possível um recomeço,
Por
que não recomeçar?
Me
refiro a esse estágio
De
amargar o resultado,
Mas
se tudo é aprendizado,
Pode
até me sufocar,
Me
sufoca, mas não mata,
Sou
de pedra, sou de aço,
Ninguém
toma o meu espaço.
Pode
até virar cascata
Essa
lágrima que rola,
Mas
eu vou tocando a bola,
Não
me entrego ao Deus dará.
Sou
semente que germina
Entre
as brasas,
Sobre
as cinzas,
Entre
as sobras das ruínas,
Sou
enfim jacarandá.
Quero
o céu do meu caminho
Estrelado
tanto, tanto,
E
um sol surgindo lento,
Fumegando
o firmamento.
Dá
um tempo que eu levanto
Meu
astral, me recupero.
Tudo
tem a sua hora,
Menos
mal,
E
o que eu espero
Eu
engulo sem demora,
Mas
aquilo que eu não quero
Eu
mastigo e cuspo fora.