Com forças gigantes
rasguei
essa terra
e
sorri para o sol.
Que
festa de escol!
Que
mundo contente!
Eu
não sei, francamente
porque
tanta festa em
em
todo o arrebol.
Com
o tempo eu crescia
e
trazia um segredo:
Eu
seria gigante,
mais
tarde ou mais cedo.
Eu
esticava os meus braços,
e
mais esticava.
E
mais eu crescia,
e
mais eu sonhava
espalhar
meus galhos
lá
em cima,
e
estrelas buscava.
Pro
mundo pensar
que
as estrelas do céu,
eram
flores que eu dava.
Um
dia no entanto,
o
meu sonho acabou;
o
machado de um homem
no
chão me jogou.
Mais
tarde vivi
num
salão requintado,
de
tapetes e lustres;
onde
as excelências
rodeavam-se
a mim
pra
fazer conferências.
Eu era mesa importante
de um salão elegante.
de um salão elegante.
O
tempo passou,
fui
ficando esquecida.
Fui
substituída;
nem
salão requintado,
nem
céu pra buscar.
Fui
fogueira depois,
e
o fogo que ardia
em
meu corpo subia;
e
tão forte subia,
como
se pretendesse
pro
céu me levar.
Acabou-se
a fogueira.
Sou
cinzas, mais nada.
Sou
resto de pó
numa
noite estrelada.
E
eu quisera
buscar
as estrelas,
e
o céu todo buscar;
agora
afinal,
vou
subir,
vou
voar,
vou
fugir do revés.
Um
menino que ainda
não
sabe de estrelas,
me
espalhou com os pés.