sexta-feira, 15 de maio de 2020

Motorista Inconsequente




Era uma vez um menino

tão travesso, tão traquino

que vez em quando sonhava.

Queria ser Presidente,

mandaria em toda gente.

Poderoso, imaginava.

Senhor da situação,

Bolsolino acreditava,

pra governar a nação

velocípede bastava.

Equilíbrio dispensava.

Decerto  nem precisava

de carta de direção.

Se o sinal fosse vermelho

fosse amarelo, atenção,

ultrajaria a verdade.

E o poderoso chefão,

do sonho à realidade,

assumiu a direção.

No abuso de autoridade

entrou pela contramão,

e à toda velocidade

atropelou a nação

mais que isso, na verdade,

a esperança e o cidadão.





João Prado