Meu
pai,
quem
foi
que
lhe fez tão grande?
Me
ensina a tocar no céu,
e
arma feliz, de novo,
meu
barquinho de papel.
Me
dá sua mão segura
de
rugas de experiência.
Eu
beijo vossa excelência
com
todo afeto, meu pai,
e
o sorriso que me sai
misturado
com esse pranto
é
um misto de gratidão
pelo
mundo feito encanto
que
você me pôs na mão.
Ah!
que saudade incontida
de
um tempo
que
o tempo afasta.
Quanta
doçura na vida;
deixa
que eu
carregue
a pasta;
deixa-me
lhe festejar.
E
você vinha tão gente
trazendo
a festa contente
nos
nossos braços se achar.
Eu
tenho um doce na vida
de
um tempo que foi depressa
“lá
vem papai sorridente
com
balas (doces presentes)
de
um troco do pouco à bessa”.
Ai,
meu pai, como era lindo
Eu
espera o gigante
e
vinha você sorrindo
trazendo
beijos bastante,
talvez
você nem soubesse,
hoje
a gente reconhece
o
quanto era importante
o
seu amor, seu carinho.
Eu
ia bem confiante.
Eu
desdobrava o perigo,
pois
tinha você amigo
ao
meu lado
a
cada instante.
Você
lavrador do peito
semeou
tanta ternura
e
sempre você deu jeito
temperou
com tal doçura,
que
o sorriso que hoje trago
é
o reflexo do afago
de
toda aquela candura
que
eu vivi
quando
criança.
Você
não tinha com que
mas
transmitia esperança.
Você
não tinha dinheiro
no
entanto tinha um tesouro
o
maior do mundo inteiro
lá
no seu interior,
era
amor, era bondade,
que
inventou felicidade
cá
no meu interior.
E
agora, que quero mais
quando
essa sua cabeça
é
uma bandeira da paz.
Meu
pai, herói, meu amigo,
por
você ter feito abrigo
desse
seu peito tão doce.
Por
ter-me adoçado a vida
por
mais difícil que fosse.
Por
encantar meu destino
eu
quero chegar, menino,
totalmente
emocionado
com
os olhos cheios de brilho
pra
dizer: muito obrigado,
valeu
demais ser seu filho.
In: Garimpo
Sr Antônio...lembro bem do seu sorriso sempre de bem com a vida, gostava muito na minha adolescência de visitar quando ia a Mesquita.
ResponderExcluirEducava e amava junto com a sua Leopoldina, família linda...saudades muitas !
Gilson Passos (afilhado)