Dona
Baratinha
pôs
na porta da casinha
onde
morava tão sozinha
uma
placa bonitinha,
um
aviso colorido:
“Precisa-se
de um marido.”
Pôs-se
na frente do espelho,
deu
um trato no verniz
e
passou um batom vermelho
fez
um ar de bem feliz.
Pôs
perfume, pó de arroz
e
depois, bem maquiada
e
julgando-se a mais bela,
muito
bem paramentada
debruçou-se
na janela
esperando
o resultado.
Nisto
surge o Gafanhoto,
um
funkeiro saltitante,
mas
um Grilo bem maroto,
pagodeiro
interessante
muito
bem intencionado,
muito
doido pra casar,
um
pagode incrementado
começou
logo a cantar:
“Baratinha,
Baratinha,
me
escolha por favor,
vou
encher esta casinha
de
ternura e muito amor”
O
Gafanhoto ultrajado
ficou
muito aborrecido
pois
era mudo o coitado;
queria
ser o marido
e
aquele Grilo abusado
fora
demais atrevido.
Baratinha não gostou
daquela
situação.
Decerto
o Grilo abusou
e
o Gafanhoto, um bobão,
no
fim das contas chorou.
“Ai
meu Deus, que confusão!”
Zangada
mais que ninguém
trancou
portas e janelas.
“Há
males que vem pra bem.
Todos
os dois, tão magricelas,
aposto,
em casa não tem
nem
comida nas panelas.”
E
pra findar a questão,
dar
um fim na picuinha,
Dona
Baratinha, coitadinha,
muito
da estressadinha
arranjou
a solução:
Pôs na porta da
casinha
outra placa
bonitinha:
“Marido
é complicação,
prefiro
ficar sozinha!
Assinado,
Baratinha.”
Gostei desse poema, João. Gostaria de postá-lo no meu blog infantil "Criancice". Pode ser? Um abraço
ResponderExcluirGostei muito vc joao prado merece 👏👏👏👏
ResponderExcluirParabens pelo poema amei
Deus te ilumine viu 😁