quarta-feira, 13 de maio de 2015

Roda Gigante


A roda gigante do parque
sobe e desce,
sobe e desce,
sobe e desce,
sobe e desce,
e as pessoas
passam bem junto
das estrelas
Depois passam sorrindo
rente ao chão;
e uma explosão
de gargalhadas acontece
durante o sobe e desce.
Eu queria que essa gente
compreendesse
que a roda gigante da vida
sobe e desce,
sobe e desce,
sobe e desce,
até parece a do parque,
até parece.
Eu queria que essa gente
compreendesse
e sorrisse quando andasse
lá por cima,
mas viesse sorrindo
se descesse.
Eu queria que essa gente
compreendesse
e caísse no samba,
e secasse esse pranto
e deixasse a dor num canto
que o programa é de cantar.
O nosso parque
foi montado na avenida
e quem souber viver a vida
nem vai ver a dor passar.
Eu queria que essa gente
compreendesse
que o cair não mete medo,
que o subir não tem segredo
que o descer vai ser brinquedo
pra quem crer no “levantar”.
Alegria, minha gente!
essa dor passa, cantando.
Quem tem flores nos caminhos
quem tem sol dourando o peito
decerto não tem direito
de viver se lamentando.
E alegria, minha gente,
é uma festa interior
feita de sorriso e paz,
quando o tédio vai chorando
pelas mãos do nunca mais.
Alegria, minha gente!
Leva o riso na subida,
trás o riso na descida
no sobe e desce contente.
Pois no meio da descida
nessas guinadas da vida
que se vê constantemente
quem teve muito juízo
já trás consigo o sorriso
pra subida novamente.
E quem andou pelos bancos
dessas escolas da vida
nem faz questão da subida
pois sabe que a vida traz.
Tanto faz andar lá em cima
ou lá em baixo, tanto faz.
O importante na corrida
é carregar na descida,

da subida a mesma paz.

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