quarta-feira, 27 de abril de 2016

Homem Feliz


No peito de um poeta amargurado
abriu-se um céu,
um céu feito de azul
todo estrelado.
Troquei meu coração
por uma estrela,
eu dei o que era meu
pra quem sorriu
e então floriu de rosas
onde eu sigo.
Quem quiser
faz abrigo do seu peito
e na estrela de um peito
encontra abrigo.
 
Eu, pra ter rosas na vida,
fiz espadas dos espinhos,
troquei pedras por estrelas
nesse céu que era caminho.
 
Quem tem medo de se dar,
por temor de se perder,
vai perder de se encontrar.
 
Quem não sabe o que é viver
vai ganhar alguma estrela,
vai achar o sol num riso
de uns olhinhos na janela,
só então vai compreender
porque é que a vida é bela.
 
Quem quiser dessas estrelas,
posso dar, sou dono delas;
as ganhei quando buscava
nesses olhos nas janelas
o meu sol de todo dia,
só achei o que eu buscava
nesses olhos de Maria.
 
Maria, quando o sol morre,
sai sorrindo pro portão
com resto de sol na face;
com isto a noite começa,
na terra uma estrela nasce
e o céu se borda de estrelas
como se a terra invejasse.
E os olhos dela buscando
o céu de estrelas coberto;
a lua quando os divisa
fica até meio indecisa
se nasceu no lugar certo.
 
Quem quiser felicidade,
quem pretende andar sorrindo,
busca um céu supremo e lindo
se entende de cativar.
Vai busca a sua estrela
se tem raça pra buscar.


Um comentário:

  1. Amei esta poesia,parabéns poeta João Prado,vc nos enche de alegria!!!!

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